HEUTAGOGIA: o ensino superior no Brasil e o mercado de trabalho

Abstract

A aprendizagem vislumbra muitos caminhos a serem percorridos do professor até o aluno e vice-versa. Esta relação se entrelaça de tal forma que se deparam com situações comuns de dificuldade para sua reflexão. A heutagogia é um modelo de processo de aprendizagem muito difundido atualmente, principalmente quando se popularizou a educação a distância, modificando a vida social e as práticas de ensino quanto à proximidade do docente e do discente. As especificações cotidianas de entendimento de aprendizagem ultrapassam o material didático para se autogerenciarem. Este artigo teve como objetivo entrelaçar heutagogia, ensino superior e necessidades do mercado de trabalho no contexto brasileiro, dando um panorama da educação a distância e as preocupações que este estilo de aprendizagem traz. Uma revisão sistemática de artigos foi utilizada como metodologia de pesquisa a partir dos termos heutagogia, ensino superior e mercado de trabalho. Foram detectados 5 artigos sobre a temática que mostraram que a heutagogia está relacionada ao ensino superior a distância, conseguindo reaproximar as pessoas à universidade, com rapidez, flexibilidade e aplicabilidade imediata, principalmente para os trabalhadores. A globalização trouxe para o contexto brasileiro muitos desafios e a necessidade de velocidade o que levou a expansão desta aprendizagem principalmente para dentro da universidade que precisará se aprimorar para ensinar e produzir conhecimento científico e cultural inovador.

Heutagogia

“…Outro princípio chave é a colaboração, embora a heutagogia enfatize a autonomia do aprendiz, ela também reconhece a importância da interação e da colaboração com outros alunos e recursos externos. A colaboração pode ocorrer por meio de projetos em grupo, discussões, compartilhamento de recursos e muito mais, e é vista como uma maneira de enriquecer a experiência de aprendizado (Marques;Duarte, 2021).…”

Design Instrucional E Aprendizagem Autodirigida

“…Já Brockett e Hiemstra (1991), falam de atributos pessoais relacionada a orientação por meta, com um panorama em que a orientação por processo está relacionada ao controle do aprendizado, e o contexto é atribuído ao contexto social, relacionado ao papel das instituições e das políticas; e Garrison (1997), fala de atributos pessoais, como autogerenciamento no uso de recursos, e motivação, em um processo de automonitoramento. Souza et al (2017) p.101 Barnett (2007 apud Marques & Duarte (2021) p. 92 e 93, apontam desvantagens que podem ocorrer com o estilo de Aprendizagem Autodirigida, como risco epistemológico, em que os alunos podem ter uma distorção na compreensão dos conhecimentos ao seguirem seus interesses, vão aprendendo o que querem; em risco prático, os alunos não conseguem progredir em novas habilidades, justamente por terem um déficit em habilidades práticas, logo não conseguem acompanhar esse estilo; e o risco pedagógico, devido à interferências no estilo, que acabam moldando a identidade do aluno, devido ao déficit de de um "espaço para o ser". No entanto, os autores identificam na pesquisa vantagens, em que o aluno se torna independente do professor, trazendo maturidade e autonomia, além do aumento da confiança, com melhorias para se tornarem profissionais competentes e questionadores da realidade.…”