“…Passando-se agora às resinas termofi xas, a aplicação destas na produção de refratários já se encontra muito difundida, principalmente nos Estados Unidos e Ásia [35], havendo especialistas que chegam a afi rmar que elas já seriam os ligantes mais aplicados na produção de tijolos de MgO-C [31,36]. Porém, as vantagens que estes polímeros proporcionariam podem ir muito além da questão da sua reduzida toxicidade, sendo também possível mencionar: possibilitam um maior teor de sólidos na composição do refratário, inclusive de partículas de grafi te e negro de fumo [9,28]; o consumo de energia para o processamento do refratário é reduzido quando do uso de resinas que permitem que o processo de mistura seja realizado a frio [9,28,32]; após sua cura, a resina confere uma alta resistência mecânica ao refratário a verde [23]; ao contrário do piche, as resinas não passam por uma fase termoplástica durante o seu aquecimento até a temperatura de pirólise [9,23,28,32], permitindo que a peça refratária mantenha sua resistência e geometria, mesmo que essa seja de grande complexidade; podem colaborar para a redução da porosidade do refratário [18]; produzem pouca fumaça durante a pirólise [37]; sua pirólise pode levar à fi xação de maiores porcentagens de carbono [29]; sendo sintéticas, suas propriedades são mais previsíveis; e a grande variedade de resinas permite a escolha do tipo mais adequado para cada aplicação [9,18,30,38]. Porém, é possível que todos esses e outros aspectos positivos ainda estejam longe de ser aproveitados em sua totalidade, isso em razão da raridade de esforços que se verifi ca para o desenvolvimento de resinas termofi xas voltadas especifi camente às necessidades do setor de refratários, escassez que deve estar sendo ainda mais prejudicial para a evolução dos refratários monolíticos ligados por resinas.…”