A placentite é uma das principais causas de abortamentos, natimortos, perda perinatal e dificuldade em conceber na temporada reprodutiva subsequente. O objetivo deste trabalho é revisar os aspectos relacionados com a etiologia, sinais clínicos, métodos diagnósticos e tratamento da placentite em éguas. A placenta equina é fixada ao endométrio através de microcotilédones, com exceção da estrela cervical, sendo esta a região mais afetada pela afecção. Os principais agentes etiológicos da placentite são as bactérias, seguidas dos fungos, vírus e protozoários. A incompetência das barreiras anatômicas é o principal fator predisponente para a contaminação uterina. Os principais sinais clínicos são lactação precoce, corrimento vaginal, morte fetal e abortamento. Uma das formas de diagnostico é feita através da ultrassonografia, avaliando a placenta, fluido uterino e o concepto. Não há tratamento definido, mas o objetivo é combater a infecção, reduzir a inflamação e controlar a atividade do miométrio. O prognóstico tanto para a égua quanto para o potro é variável, dependendo do tempo de gestação, grau de infecção e eficácia do tratamento. É importante monitorar o terço final de gestação das éguas, favorecendo o diagnóstico precoce para obter sucesso com o tratamento e nascimento de um potro saudável.Palavras-chave: Equinos. Abortamento. Morte embrionária. Dismaturo.
PLACENTITIS IN MARES: A REVIEW SUMARY:Placentitis is one of the main causes of abortion, stillbirth, perinatal loss and difficulty in conceiving in the subsequent reproductive season. The objective of this work is to review aspects related to etiology, clinical signs, diagnostic methods and treatment of placentitis in mares. The equine placenta is attached to the endometrium through micro-cotyledons, with the exception of the cervical star, and the region is most affected by the condition. The main etiological agent of placentitis is bacteria, followed by fungi, viruses and protozoa. The uterine contamination due to failure of the anatomic barriers is the fundamental predisposing factor. The main clinical signs are early lactation, vaginal discharge, fetal death and miscarriage. One of the forms of diagnosis is made through ultrasonography, evaluating the placenta, uterine fluid and the concept. There is no definite treatment, but the goal is to combat infection, reduce inflammation and control myometrial activity. The prognosis for both mare and foal is variable, depending on the time of gestation, degree of infection and efficacy of the treatment. It is important to monitor the final third of gestation of the mares, favoring the early diagnosis to be successful with the treatment and birth of a healthy foal.