Introdução: O diabetes latente do adulto (LADA), constitui-se como um tipo de diabetes mellitus do tipo 1, em que a principal causa é a falência primária na produção pancreática de insulina, de maneira autoimune. Metodologia: Trata-se de relato de caso clínico de análise descritiva com aporte de trabalhos acadêmicos entre os anos de 2001 e 2020. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 65 anos de idade, diagnosticada com LADA, faz uso diário de insulinas de ação intermediária e lenta, bem como de medicamentos anti-diabéticos orais, deu entrada no hospital com quadro de hipoglicemia severa (glicemia capilar de 51mg/dl), rebaixamento do estado de consciência, taquicardia, fraqueza e espasmos musculares, bem como sensação de câimbra nos membros inferiores. Exames laboratoriais mostraram, por meio do método de eletrodo seletivo, que os níveis séricos de potássio estavam em 2,80 mEq/L (VR: 3,50 e 5,50 mEq/L), constituindo-se como uma hipocalemia. Discussão: Haja vista que a insulina é capaz de mobilizar o potássio para dentro da célula, pequenas alterações no potássio sérico podem implicar profunda alteração na condução e excitabilidade do coração, podendo alterar a função e o ritmo cardíacos e, inclusive, causar parada cardiorrespiratória. Conclusão: Sob episódios de hipoglicemias severas, que podem ser corroboradas pelo uso indiscriminado de doses insulínicas, uma das exacerbações do episódio é o desequilíbrio eletrolítico, em suma, o potássio, haja vista o poder da insulina de realocar esse eletrólito para o meio intracelular, diminuindo, assim, os níveis séricos e exacerbando-se com a hipocalemia.