Na economia global, a qualidade da carne suína tem considerável importância em todos os segmentos da indústria (Cassens, 2000). É fundamental que a indústria conheça os fatores externos e internos que podem alterar as características da carne, disponibilizando para o consumo um produto com qualidade para atender a demanda e o desejo dos consumidores no que se refere as suas qualidades sanitárias, nutritivas e organolépticas (Bryhni et al., 2002).
A qualidade da carne depende de fatores como genética, alimentação, idade, sexo e até de fatores hormonais como é o caso do cortisol, que, em elevadas concentrações, está associado à redução brusca do pH da carne, alterando suas características organolépticas, sensoriais e físico-químicas. O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e aumenta a secreção de cortisol, provocando miólise (Odedra et al., 1983). Em ratos, o cortisol aumenta a degradação das miofibrilas na presença do hormônio tireoidiano (Hayashi et al., 1986). Apesar de a administração de cortisol estar associada a elevadas concentrações de tri-iodotironina (T3) em suínos com carne pálida, mole e exsudativa (PSE) (Yoshioka et al., 2005), não se sabe se a T3 participa da gênese da PSE. Em leitões, a administração de tireoproteína aumentou o ganho de peso em aproximadamente 18% e melhorou a eficiência alimentar dos animais em 9% (Peo e Hudman, 1960 As marrãs, meio-irmãs, filhas do mesmo varrão (3/4 Landrace X 1/4 Large White), foram alojadas em baias individuais. Na fase de pré-gestação, ingeriram 4,0kg/dia de ração para suíno em crescimento e, após o primeiro cio, passaram a receber ração para lactação e gestação em forma de flushing, à vontade, até o dia da inseminação. Após a inseminação, foi realizada a troca gradativa, durante três dias, para ração de suíno em gestação, restringindo o consumo para até 1,8kg/dia nos primeiros 30 dias da gestação e Após um período de 30 dias de adaptação, ou seja, aos 150 dias de idade, as marrãs foram separadas, ao acaso, em dois grupos de 10 animais, denominados tratado e controle. Antes do primeiro cio, o grupo tratado recebeu Ltiroxina (L-thyroxine, Sigma, St. Louis, EUA.) na ração, na dose diária única de 400µg. A tiroxina foi administrada individualmente pela manhã, diluída em água destilada e misturada em uma pequena porção de ração, dentro de um recipiente, até que houvesse todo o consumo da droga. As marrãs do grupo-controle receberam a mesma quantidade de ração úmida, como placebo. A administração de tiroxina foi interrompida três dias antes do abate, realizado aos 70 dias de gestação.No segundo cio, as marrãs foram inseminadas e, durante esse período, foi avaliado o ganho de peso das marrãs até os 70 dias de gestação, por meio da pesagem semanal dos animais. Os animais foram abatidos aos 70 dias de gestação.Aos 70 dias de gestação, ou seja, no terço médio do período gestacional, todas as fêmeas foram abatidas por meio da insensibilização por choque e sangria. Foram colhidas amostras de sangue com heparina para obtenção do plasma, imediatamente antes da...