Nos séculos XVI a XVIII diferentes tratados foram produzidos envolvendo aspectos relacionados a astronomia, astrologia, cosmografia, a produção de instrumentos, entre outros, com vista a disseminar conhecimentos que seriam de grande utilidade na navegação astronômica. Assim, esse estudo tem como intuito apresentar alguns instrumentos náuticos atrelados a tratados português e espanhóis, que podem se tornar potencialmente didáticos para a articulação entre história e ensino de matemática. Os instrumentos destacados neste estudo, vieram à tona a partir de leituras iniciais referentes as produções de Luís de Albuquerque, Margarida Matias Pinto, Bernadete Barbosa Morey e Iran Abreu Mendes. Nelas, se pode encontrar instrumentos como, o quadrante, o astrolábio, a balhestilha, entre outros, que faziam uso em suas medições da Estrela Polar ou do sol para ajudar no direcionamento dos navios em alto mar. Partindo disso, pode-se fazer um breve levantamento de alguns tratados português e espanhóis, nos quais esses instrumentos estavam presentes. Esses documentos contêm geralmente a fabricação e/ou o uso de tais instrumentos, que se tornam ricos e complexos em sua essência porque incorporam saberes de ordem contextual, epistemológica e matemáticas do período em que se encontravam em produção, e que podem ser utilizados para dialogar com a matemática que temos no século XXI. Portanto, esse estudo visa contribuir para ampliar o conhecimento de professores sobre instrumentos náuticos que podem ser atrelados as aulas de matemática para potencializar o ensino.