Os seres humanos, confrontados por critérios normativos, filosóficos e religiosos, buscam explicar e entender os pormenores que possam surgir do uso da Cirurgia Plástica, seja estética ou reparadora. Os grandes avanços na Cirurgia Plástica não aconteceriam até o século XX, pois os extensos ferimentos e mutilações decorrentes da Primeira Grande Guerra fizeram com que a Cirurgia Plástica reconstrutiva se tornasse uma necessidade para muitos soldados. A Segunda Grande Guerra também impulsionou o desenvolvimento da Cirurgia Plástica reconstrutiva, pois, antes dela, ínfimos eram os conhecimentos acerca de como tratar queimaduras graves, assim como suas decorrentes complicações, e muito menos se conhecia sobre como reabilitar e reinserir na sociedade pacientes com sequelas de queimaduras. Observa-se, em determinado círculo da sociedade, indivíduos susceptíveis às normas da Halacha, com necessidade de explanações normativo-filosóficas, a fim de delinear a possibilidade, sem culpabilidade, de se ampararem no uso de cirurgias plásticas. O presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o uso da Cirurgia Plástica estética ou reparadora na cultura judaica, analisando escritos normativos, da halacha, e filosóficos talmúdicos, além de realizar uma análise da ética, moral e filosofia geral. Como método foi realizada uma revisão integrativa da literatura. Por se tratar de questões normativas teológicas, éticas e filosóficas, as buscas abrangerão referências diversas, apresentadas sob diferentes formatos, sem limite temporal, publicados em Portugues, Ingles ou Espanhol. Foram utilizados e combinados descritores e, a partir dos materiais obtidos, a pesquisa bibliográfica foi realizada em “bola de neve”, permitindo uma “overview” sobre o tema.
