Homophobia or sexism? A systematic review of prejudice against nonheterosexual orientation in Brazil

Abstract

Since it was coined in the 1970s, in the United States, the term "homophobia" has been invoked to define the prejudice against nonheterosexual orientation. Besides the US, the phenomenon has been detected in many contemporary societies, including Brazil. Prejudice against nonheterosexual orientation is strongly associated with the historical and social contexts in which it is embedded, which means that the term should not be used without a clear definition of its local specificities. This applies to the recent debate around homophobia in the Brazilian context. In an attempt to identify existing studies of prejudice against nonheterosexual orientations in Brazil, a systematic review was conducted in SciELO indexes, PubMed, PsycINFO, SCOPUS, and Web of Science. The articles were collected using the keyword "homophobia" and related terms, and "Brazil", in the languages of the databases. The search returned 355 articles. Of these, 247 were removed because they were duplicates. The abstracts of 109 studies published between 1973 and 2011were analyzed. Thirty-one articles were identified as relevant. The reviewed studies indicate that prejudice against nonheterosexual orientations is an evident and widespread phenomenon that is prevalent in various populations and contexts. Nevertheless, prejudice in Brazil is not homogeneous, and particular attention is necessary to the inequality of gender relations (sexism) and prejudice against gender nonconformity, which seem to explain, if not cause, most of the prejudice against nonheterosexual orientations. Although theoretically there is a clear distinction between sexual orientation and gender expression, from the standpoint of manifestation of prejudice that distinction seems to be more tenuous.

Mortality in HIV-infected women, heterosexual men, and men who have sex with men in Rio de Janeiro, Brazil: an observational cohort study

“…Beyond increased risk of HIV-infection, MSM are subject to stigma that operates at several levels including internalized, interpersonal and structural, all of which stand as barriers to access and utilization of HIV prevention and treatment services (26, 27). Though not HIV-specific, a recent systematic review found that prejudice against nonheterosexual orientation is prevalent in diverse regions of Brazil (28). As noted above, in the present study, MSM were less likely to start ART compared to women despite somewhat lower baseline CD4 cell count.…”

Avaliação do preconceito contra diversidade sexual e de gênero: construção de um instrumento

“…A escala que avalia preconceito contra OS, Attitudes Toward Lesbians and Gays Scale (ATLG) (Herek, 1988), foi selecionada a partir de uma revisão sistemática que buscou evidências de validade e fidedignidade em instrumentos que avaliam homofobia e construtos correlatos (Costa et al, 2013b). A escala foi desenvolvida nos Estados Unidos por Gregory Herek, em 1988.…”

“…Em uma revisão sistemática recente, reunindo estudos empíricos sobre o preconceito contra orientações não heterossexuais no Brasil, percebeu--se que é necessário levar em consideração não apenas a orientação sexual, mas também as expressões de gênero, o que parece explicar a forma predominante da apresentação do preconceito (Costa, Peroni, Bandeira, & Nardi, 2013b). Ou seja, apesar de existir conceitualmente uma distinção entre orientação sexual e expressão de gênero, do ponto de vista da manifestação do preconceito, essa distinção parece ser mais tênue.…”

“…Percebe-se que os instrumentos disponíveis no contexto brasileiro ou privilegiam a orientação sexual, ou as normas de gênero, não atendendo à forma como o preconceito se manifesta no Brasil conforme demonstrado por Costa et al (2013b). Assim, o objetivo deste estudo foi construir e buscar evidências de validade e fidedignidade de um instrumento para avaliar esse tipo de preconceito, levando em conta as especificidades brasileiras.…”

Homofobia e preconceito contra diversidade sexual: debate conceitual

“…A nova escala busca avaliar então crenças como: "homossexuais têm demandas ilegítimas ou desnecessárias para mudar seu status quo" (o direito ao casamento e à adoção); "homossexuais exageram a importância da sua orientação sexual e, por isso, falham em se assimilar à cultura dominante" (a criação das paradas do orgulho); "a discriminação a homossexuais é coisa do passado". Apesar de ser uma hipótese útil, ainda há diversos contextos mais sensíveis às formas antigas de preconceito, e esse parece ser o caso do Brasil (Costa, Peroni, et al, 2013).…”