2020
DOI: 10.33871/23179937.2020.8.3.1.3
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Horizontalizando Relações entre Obra, Performances, Compositor e Performer

Abstract: Resumo: Embasado em algumas das importantes reflexões teóricas das últimas três décadas, o artigo objetiva discutir a percepção não-hierarquizada de relações entre obra, performances, compositor e performer, defendendo que a obra musical é um conjunto formado pela partitura e suas múltiplas interpretações e performances. Através de uma revisão bibliográfica, o artigo procura contribuir para a compreensão de posturas e decisões interpretativas da comunidade violonística contemporânea.

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“…Edelton Gloeden comenta que o LP contém interpretações exemplares, com leituras intimistas, reveladoras, exuberantes, com "amplo controle técnico, exploração parcimoniosa do timbre partindo da uniformidade para a diversidade, um tratamento estilístico rigoroso, e como prova de maestria, um discurso fluente e envolvente" (DIAS, 2015, p. 14 De um ponto de vista mais estreito, o presente artigo tem como objetivo expor um aspecto das práticas interpretativas de Sérgio Abreu, identificando trechos nos quais ele altera o texto de Sor e oferecendo hipóteses para as razões das alterações. Do ponto de vista mais amplo, espera-se contribuir para a discussão sobre o papel do performer do século XXI e a horizontalização de uma suposta hierarquia na qual o compositor precede o performer, entendendo detalhes das contribuições deste último para a concretização da obra, que existe apenas de maneira potencial na partitura, temas que foram abordados conceitualmente em Madeira (2020). Nesse ponto, o artigo se relaciona fortemente com a tese de Orosco, quando o autor afirma que "Nos exemplos pontuais analisados constatamos o posicionamento crítico dos intérpretes para além das inflexões buscadas em uma interpretação típica em torno de uma partitura, ajustando-a quando julgaram necessário" (OROSCO, 2013, p. 165).…”
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“…Edelton Gloeden comenta que o LP contém interpretações exemplares, com leituras intimistas, reveladoras, exuberantes, com "amplo controle técnico, exploração parcimoniosa do timbre partindo da uniformidade para a diversidade, um tratamento estilístico rigoroso, e como prova de maestria, um discurso fluente e envolvente" (DIAS, 2015, p. 14 De um ponto de vista mais estreito, o presente artigo tem como objetivo expor um aspecto das práticas interpretativas de Sérgio Abreu, identificando trechos nos quais ele altera o texto de Sor e oferecendo hipóteses para as razões das alterações. Do ponto de vista mais amplo, espera-se contribuir para a discussão sobre o papel do performer do século XXI e a horizontalização de uma suposta hierarquia na qual o compositor precede o performer, entendendo detalhes das contribuições deste último para a concretização da obra, que existe apenas de maneira potencial na partitura, temas que foram abordados conceitualmente em Madeira (2020). Nesse ponto, o artigo se relaciona fortemente com a tese de Orosco, quando o autor afirma que "Nos exemplos pontuais analisados constatamos o posicionamento crítico dos intérpretes para além das inflexões buscadas em uma interpretação típica em torno de uma partitura, ajustando-a quando julgaram necessário" (OROSCO, 2013, p. 165).…”
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