A Doença de Chagas é uma patologia infecciosa, que após a contaminação do organismo humano pelo Tryipanosoma cruzi, pode ser retransmitida, especialmente, via transmissão oral, transplacentária, por transplante de órgãos, uso de drogas intravenosas e transfusão sanguínea. Nesse grupo, destacam-se os doadores de sangue, que baseado nas ações de prevenção em saúde voltadas ao controle da propagação da doença, passam por uma triagem qualificada para que não ocorra a transmissão naquele que irá receber a doação. Nesse contexto, este estudo busca analisar as produções científicas referentes às evidências sobre a Infecção por Doença de Chagas em doadores de sangue. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, descritiva, exploratória e qualitativa. A busca pelos artigos foi realizada nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), e nas bibliotecas virtuais Google acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão da pesquisa foram: artigos completos, gratuitos, publicados entre 2013 e 2023, reunindo 10 artigos sobre o tema. Utilizou-se a estatística descritiva e exposição em dois quadros para a melhor apreciação. Durante a análise, os artigos dos anos de 2014 e 2021 foram prevalentes, e, percebeu-se que em todas as regiões do Brasil que foram estudadas, o sexo masculino foi predominante. Os estudos evidenciam, que mesmo diante de ações de saúde preventivas, vários são os fatores que propiciam a persistência do risco de transmissão transfusional da Doença de Chagas. Conclui-se ainda, por meio das análises, que no Brasil, a hemovigilância, o conjunto de ações primordiais que resultam na prevenção e na promoção de pessoas que irão doar e receber hemoderivados, consolidou-se como uma estratégia fundamental no monitoramento e no controle da doença.