RESULTS:The mean tenure (standard deviation, SD) of Brazilian ministers of health was 15 (12) months, a period that is statistically significantly shorter than the mean tenure of 33 (18) months in the other 22 countries (P < 0.05). There was a moderate and statistically significant positive correlation between the number of ministers and mortality rates for several conditions. The number of ministers also presented moderate and statistically significant negative correlations with per capita total healthcare expenditure (r = -0.567) and with per capita government healthcare expenditure (r = -0.530).
CONCLUSION:On average, ministers of health have extremely short tenures. There is an urgent need to think and plan healthcare systems from a long-term perspective.RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Investimentos em saúde deveriam considerar as demandas de curto e longo prazo. Os objetivos foram comparar o tempo médio no cargo dos ministros da saúde no Brasil e em outros 22 países e avaliar a relação entre o tempo médio dos ministros no cargo e alguns indicadores. RESULTADOS: O tempo médio (desvio padrão, DP) no cargo dos ministros brasileiros foi de 15 (12) meses, um período estatisticamente significante menor do que a média observada nos outros 22 países, 33 (18) meses (P < 0,05). Foi observada uma moderada e também estatisticamente significante correlação positiva entre o número de ministros e taxas de mortalidade para várias condições. Houve uma moderada e significante correlação negativa entre o número de ministros e o investimento em saúde per capita total (r = -0.567) e o investimento em saúde público per capita (r = -0.530).
TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo descritivo realizado no Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES).
MÉTODOS:CONCLUSÃO: O ministro da saúde permanece, na média, pouco tempo no cargo. Há uma premente necessidade de se pensar e planejar o sistema de saúde para o longo prazo.