A falta de adesão a vacina contra o Papillomavirus Humano (HPV sigla em inglês para Papilomavírus humano), que pode reduzir significativamente cânceres ocasionados pelos subtipos de vírus do HPV, tem sido evidenciado no Brasil, pelo Ministério da Saúde, e considerado um problema de saúde pública. Identificar os fatores que possam influenciar a cobertura vacinal contra o HPV na população brasileira, sejam estes fatores favoráveis ou não. Estudo de revisão integrativa, nas bases de dados Pubmed/Medline, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e British Medical Journal (BMJ), utilizando os descritores controlados: “Papillomavirus infections”, “papillomavirus vaccines”, “vaccination coverage” e "Brazil"; selecionado estudos publicados nos últimos 5 anos no idioma inglês e português. Um total de 65 estudos foram identificados na busca eletrônica, sendo 24, 29 e 12 estudos na Pubmed/Medline, BVS e BMJ respectivamente. O texto completo de 11 artigos foi analisado e incluídos no estudo. Os fatores envolvidos na adesão à vacinação contra o HPV nos estados brasileiros foram distribuídos em grupos, favoráveis (41,3%) e desfavoráveis (58,7%). Estes foram distribuídos em quatro subgrupos associados a cobertura vacinal contra o HPV, conforme determinantes demográficos: sociais (n=5) culturais (n=4) políticos (n=4) e econômicos (n=5). Em ambos os grupos, os fatores sociais foram mais prevalentes. Diante de uma evidente prevalência de fatores desfavoráveis à vacinação contra o HPV, com destaque para os aspectos sociais, faz-se necessário cada vez mais compreender os fatores determinantes que influenciam a decisão de se vacinar contra o HPV, a fim de direcionar as intervenções de promoção da saúde. Em complemento, devem ser considerados ações de saúde que visam esclarecer dúvidas, desmistificar crenças errôneas e abordar receios de aceitação, especialmente em grupos populacionais menos propensos a receber a vacina contra o HPV.