Human Bocavirus in Brazil: Molecular Epidemiology, Viral Load and Co-Infections

Abstract

Human bocavirus (HBoV) is an emerging virus and has been detected worldwide, especially in pediatric patients with respiratory and gastrointestinal infection. In this study, we describe HBoV prevalence, genotypes circulation and DNA shedding, in stool samples from children up to two years of age in Brazil. During 2016 and 2017, 886 acute gastroenteritis (AGE) stool samples from ten Brazilian states were analyzed by TaqMan®-based qPCR, to detect and quantify HBoV. Positive samples were genotyped by sequencing the VP1/2 overlap region, followed by phylogenetic analysis and co-infections were accessed by screening other gastroenteric viruses. HBoV was detected in 12.4% (n = 110) of samples, with viral load ranging from 1.6 × 102 to 1.2 × 109 genome copies per gram of stool. From these, co-infections were found in 79.1%, and a statistically lower HBoV viral load was found compared to viral loads of rotavirus, norovirus and adenovirus in double infected patients (p < 0.05). No significant differences were found between HBoV viral load in single or co-infections, age groups or genotypes. Phylogenetic analysis identified the circulation of HBoV-1 in 38%, HBoV-2 in 40% and HBoV-3 in 22%. Continuous HBoV monitoring is needed to clarify its role in diarrhea disease, especially in the absence of classic gastroenteric viruses.

Bocavírus humano em amostras fecais de neonatos hospitalizados em Belém, Pará

“…A sua presença em amostras fecais de crianças menores de 5 anos tem sido relatada com distribuição global (Alam et al, 2015;Albuquerque et al, 2007;De et al, 2017;Jin et al, 2011). Todavia, até o presente momento não há um esclarecimento sobre a relação deste vírus com a GA, pois enquanto alguns estudos sugerem que o HBoV é um potencial patógeno para as ocorrências nas infecções gastrointestinais (Rikhotso et al, 2020;Vicente et al, 2007), outros mesmo havendo alta prevalência do HBoV, contestam o seu real potencial patogênico, devido à coinfecção com outros vírus entéricos (Albuquerque et al, 2007;Arthur et al, 2009;Jin et al, 2011;Malta et al, 2020).…”

“…No que concerne à prevalência do HBoV nos neonatos participantes da presente pesquisa, foi observada a positividade em 20% (20/100) dos casos analisados. Tais achados corroboram ao que foi apresentado em outros estudos envolvendo crianças nessa faixa etária, utilizando o mesmo método diagnóstico, os quais relataram a frequência do HBoV entre aproximadamente 10% e 23%, em crianças menores de 2 anos de idade (Alam et al, 2015;Jin et al, 2011;Malta et al, 2020;Proenca-Modena et al, 2013). Portanto, diante dos resultados apresentados, bem como de outras pesquisas que utilizaram a qPCR com método diagnóstico, percebe-se que a escolha de uma técnica com alta sensibilidade de detecção viral é um fator que reflete na frequência do vírus.…”

“…desse contexto e com base nos dados disponíveis, os estudos têm relatado que a presença do HBoV nas infecções neonatais se manifesta com baixa frequência, presumindo-se que os anticorpos maternos adquiridos durante a gestação e amamentação influenciam nesta baixa taxa de detecção (Campos et al, 2016;Nantachit et al, 2021;Tymentsev et al, 2016). Todavia, tais resultados divergem dos observados na presente pesquisa e isso pode ser explicado pelas diferentes técnicas empregadas, já que nos estudos citados foi utilizada a técnica de Nested-PCR para detecção do HBoV e estudos que utilizam a qPCR como método diagnóstico apresentam resultados semelhantes aos observados neste estudo (Alam et al, 2015;Jin et al, 2011;Malta et al, 2020;Proenca-Modena et al, 2013).…”

“…Estes achados corroboram com os resultados apresentados por Proenca-Modena et al ( 2013), em um estudo realizado no Paraguai, em que a maioria dos participantes também era do sexo masculino, todavia a frequência do HBoV foi mais prevalente no sexo feminino, com taxa de positividade de 4,6% e 6%, respectivamente, também sem associação estatisticamente significativa. Já em outra investigação conduzida no Brasil, a prevalência do HBoV foi oposta à encontrada na presente análise, onde observou-se uma taxa de positividade do HBoV em 14,1% dos casos no sexo masculino e 10,5% no sexo feminino, porém também não foi relatada significância estatística (Malta et al, 2020). Diante dos resultados apesentados, conclui-se que o sexo não é um fator determinante para a ocorrência das infecções por HBoV, visto que não houve significância estatística nos respectivos estudos, mesmo quando a infecção acometeu mais um gênero que o outro, entretanto faz-se necessário a realização de pesquisas que envolvam somente neonatos para elucidar se além dos fatores regionais a faixa etária influencia na prevalência entre os gêneros.…”

Polymerase Chain Reaction Study of Human Bocavirus in Children with Acute Gastroenteritis

“…In a meta-analysis study about the prevalence of HBoV in European countries, the prevalence differed from 2.0% up to 45.69% with a pooled estimate of 9.57% (95%CI7.66-11.91%) [33]. In Brazil, HBoV was detected in 12.4%(n = 110) of stool samples in children with GE [34].…”