Justificativa e Objetivos: A coinfecção HIV/sífilis é considerada importante agravo durante a gravidez, em razão dos desfechos negativos, como aborto espontâneo, natimortalidade, prematuridade e infecções congênitas. O estudo justifica-se pela necessidade de identificar, nas evidências cientificas, as características clínico-epidemiológicas e vulnerabilidades relacionadas às infecções, fatores que influenciam na prevalência, e agravos relacionados. Objetivou-se sintetizar as evidências científicas acerca de características clínico-epidemiológicas das gestantes com a coinfecção HIV/sífilis no cenário mundial. Conteúdo: trata-se de revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados PubMed, MEDLINE, CINAHL, LILACS, BDENF e MedCarib, utilizando-se os descritores “HIV”, “Sífilis”, “Epidemiologia”, “Coinfecção” e “Gestante”, combinados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”, norteada pela pergunta: quais as evidências científicas relacionadas às características clínico-epidemiológicas das gestantes coinfectadas pelo HIV/sífilis? Realizada de junho a setembro de 2022, incluindo artigos publicados nos últimos oito anos. Selecionaram-se nove artigos primários publicados entre os anos de 2015 e 2020. A associação das infecções esteve presente em gestantes de faixa etária jovem-adulta, raça/cor não branca, casadas, baixo nível de escolaridade, donas de casa, moradoras de áreas urbanas e pertencentes a classes sociais mais desfavorecidas economicamente. Conclusão: evidenciou-se a importância da melhoria na assistência pré-natal, com intuito de reduzir os riscos de transmissão vertical dessas doenças, sobretudo com a implantação de políticas públicas voltadas ao manejo clínico das gestantes coinfectadas, à alocação de recursos e à elaboração de protocolos de intervenção específicos.