Disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade de atingir ou manter o pênis com ereção suficiente para que ocorra o ato sexual. O fato do desenvolvimento da DE ser multifatorial dificulta a identificação da causa do problema, mas o uso de medicamentos utilizados rotineiramente para o tratamento da hipertensão, como os diuréticos tiazídicos, pode ser um possível responsável pelo desenvolvimento da DE sobretudo entre os hipertensos. Este é um estudo descritivo baseado em revisão bibliográfica, estabelecendo uma busca ativa no banco de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmicopelos termos ‘hydrochlorothiazide’ e ‘erectile dysfunction’. O objetivo deste estudo é levantar possíveis mecanismos que expliquem o efeito do uso da hidroclorotiazida no surgimento da disfunção erétil. As hipóteses estabelecem que a hidroclorotiazida pode estar relacionada ao desenvolvimento da disfunção erétil pela calcificação arterial, redução nos níveis de testosterona e aumento da contratilidade do corpo cavernoso resultantes da alteração dos níveis intracelulares de cálcio. Além disso, a diminuição nos níveis de zinco decorrentes do uso do medicamento pode favorecer o estresse oxidativo, levando à redução de testosterona e da disponibilidade de óxido nítrico, essenciais para o processo de ereção.