Existem propriedades e regiões contaminadas que têm sido denominadas no exterior como Áreas Complexas em virtude de desafios técnicos ou não técnicos que requerem estratégias e prazos atípicos para sua restauração. Uma área de estudo desse tipo, com mais de 20 anos de gerenciamento ambiental, foi objeto de modelagem implícita para auxiliar no detalhamento e avaliação do seu Modelo Conceitual Temporal. Os resultados reforçaram o entendimento claro e holístico sobre sua evolução e seus desafios, incluindo Plumas Combinadas geradas de fontes com localização distinta. Foi confirmado que as intervenções na área se beneficiaram de entendimentos regionais e aspectos de Gerenciamento Adaptativo, tais como a definição de objetivos intermediários e o contínuo aperfeiçoamento do modelo conceitual e da remediação. Concluiu-se que o reconhecimento de Áreas Complexas e a aplicação de Gerenciamento Adaptativo têm o potencial de auxiliar no gerenciamento de mais locais no Brasil. Recomenda-se que isso seja feito contemplando adaptações e considerações locais, tais como: englobar, na definição de Áreas Complexas, que os desafios devem, comprovadamente, apresentar alta complexidade e requerer tempos atípicos para sua restauração ou reabilitação (mais de 15 anos, em São Paulo); considerar como desafio técnico o extenso manto de intemperismo de regiões tropicais úmidas; apreciar como desafio técnico e não técnico o alto número de poços de captação não outorgados; considerar como desafio não técnico a existência de conflitos socioeconômicos; e avaliar, inclusive com estudos isotópicos, a possível presença de Plumas Combinadas.