A falta do controle da umidade em edificações pode afetar a durabilidade dos materiais, o conforto térmico, o consumo energético e a qualidade do ar interno, assim como propiciar o crescimento de micro-organismos (fungos filamentosos) prejudiciais à saúde do usuário. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o comportamento higrotérmico de quatro configurações de sistemas de vedação vertical externa (SVVE) de tijolos cerâmicos com diferentes níveis do isolamento térmico e estanqueidade à água para o clima subtropical úmido. Para isso, foram definidas as tipologias SVVE; em seguida, foram realizadas as simulações da edificação, considerando duas condições: ventilada naturalmente e condicionada artificialmente. Foram utilizados dois programas de simulação computacional: EnergyPlus (versão 8.7) e WUFI Pro 6.5. E por fim, foram avaliados os resultados quanto ao teor de umidade total, risco de condensação e o risco de formação de fungos filamentosos. Os resultados mostram que nas paredes que atendem aos requisitos da NBR 15575 não houve garantia da minimização da umidade na superfície interna, nem mesmo para os ambientes com climatização artificial. Quanto à formação de fungos filamentosos, só foi possível evitar os problemas nos ambientes com temperatura controlada, exceto na parede de tijolo cerâmico que apresentou risco em todas as condições simuladas.