Introdução: Em idosos acometidos de multimorbidades, o uso de polifármacos demonstrou complicações de grande relevância. Os idosos que fazem uso de em média cinco fármacos, podem aumentar os riscos de má nutrição, pneumonia, hipoglicemia, redução de mobilidade, fraturas, hospitalizações em geral e internações com longos prazos de permanência. Objetivo: Apresentar evidências científicas disponíveis até o presente, que trazem associação entre o uso de vários medicamentos e o agravamento na saúde de idosos com doenças crônicas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada nos meses de março e abril de 2022, nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. Resultado e discussão: A polimedicação tem se tornado um hábito e com isso um embate crescente na experiência clínica, afetando os idosos por serem mais sucestíveis a doenças crônicas. Dentre as enfermidades encontradas, as mais comuns foram: câncer, doenças neuropsíquicas, diabetes mellitus, insuficiência renal e doenças cardiovasculares. Além da idade avançada, existe outros fatores influentes nessa problemática como o acesso fácil a medicação e a falta de informação. Considerações finais: Apesar do processo de envelhecimento natural trazer vulnerabilidades na saúde do idoso, a prescrição de medicamentos com efeitos prejudiciais quando usados simultaneamente, iatrogenia medicamentosa, também geram reações adversas. No entanto, isso pode ser evitado, com base na divulgação de estudos sobre a senescência e a senilidade e o uso responsável de fármacos.