Conflito de interesses: Não Contribuição dos autores:PGW concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise/interpretação dos dados e redação e revisão crítica. CAS concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise/interpretação dos dados e redação e revisão crítica. EPF redação e revisão crítica. TEM redação e revisão crítica. FLC concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise/interpretação dos dados e redação e revisão crítica. Contato para correspondência: Priscilla Geraldine Wittkopf E-mail: p.wittkopf@leedsbeckett.ac.
ResumoIntrodução: Estudos sobre a relação entre o estilo de vida e a saúde cardiovascular permitiram identificar fatores de risco para a doença arterial coronariana, sendo o sexo um deles. Por muito tempo a doença arterial coronariana foi considerada de maior risco para os homens, porém, atualmente essa visão não mais se justifica pela igualdade com que essa doença afeta ambos os sexos. Grande contribuição para essa igualdade ocorre pela igualdade social conquistada pelas mulheres, que as expôs ao mercado de trabalho e ao comportamento social masculinizado, engendrando sua identidade de forma perigosa a saúde. Objetivo: verificar as diferenças de identidades de gênero entre mulheres e homens com doença arterial coronariana, vislumbrando a discussão dos comportamentos sociais como fatores influentes a saúde. Casuística e Métodos: Participaram 35 homens e 36 mulheres com doença arterial coronariana, e 36 mulheres sem doença. Comportamentos sociais e identidade de gênero na infância e na vida adulta foram avaliados por meio do questionário de Identidade Corporal. Resultados: Participaram do estudo 107 sujeitos com média de idade de 58,3 (± 6.68) anos. As mulheres com doença arterial coronariana apresentaram mais hipertensão arterial sistêmica (32%) e colesterol elevado (26%) (p<0,001) em comparação aos outros dois grupos. Os homens se autoavaliaram mais masculinos do que as mulheres dos dois grupos, e as mulheres com doença arterial coronariana consideraram-se menos femininas em relação ao grupo controle (p<0,001). Quanto ao comportamento na infância, as mulheres com doença arterial coronariana relataram maior participação em brincadeiras com meninos (p<0,001), porém não apresentaram diferenças quanto à preferência em brincar com meninas. Conclusão: As mulheres com doença arterial coronariana demonstraram sentirem-se menos femininas e relataram comportamentos e papéis sociais tipicamente masculinos.
Descritores:Identidade de Gênero; Doença da Artéria Coronariana; Fatores de Risco; Comportamento Social.
AbstractIntroduction: Studies focusing on the relationship between lifestyle and cardiovascular health have identified some risk factors for coronary artery disease, being sex one of them. For some period, coronary artery disease was considered higher risk for men, but today this vision is no longer justified, because the equality that the disease affects both sexes. Great contribution to this equality occurs due to the social equality ach...