“…Segundo Helene (1993), por ocasião da revogação do isolamento compulsório, a estrutura assistencial principal passou a ser o dispensário, onde os doentes de hanseníase recebiam tratamento em separado da rede geral de assistência médica; no entanto, a endemia continuou a se expandir, mantendo o desconhecimento da comunidade em relação à doença e, com isto, a persistência do estigma social. Essa portaria modifica algumas medidas de controle em relação aos comunicantes, tais como estimular o comparecimento voluntário dos comunicantes, além dos doentes e suspeitos, através de ações de educação para a saúde e de uma atenção médica de boa qualidade; prescreve que os comunicantes deveriam fazer, pelo menos uma vez por ano, a revisão dermatoneurológica, assim como recomenda que fossem comunicadas à autoridade sanitária as mudanças de endereço do doente e de seus contatos que se transferirem para outra cidade; recomendava ainda a busca ativa de casos e exames da coletividade e a preservação da unidade familiar, abolindo a prática do afastamento dos filhos dos doentes de hanseníase, salvo algumas exceções (BRASIL, MS, 1976 Hanseníase", que se baseava em medidas de prevenção primária, secundária e terciária e, em relação ao controle dos comunicantes, propunha como prevenção primária a educação em saúde e a utilização da vacina BCG-id e, como prevenção secundária, que a vigilância dos contatos fosse realizada por meio de exame dermatoneurológico, pelo menos uma vez ao ano.…”