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RESUMOO trabalho teve como objetivo realizar o estudo morfológico de Heliotropium transalpinum Vell. (Boraginaceae), uma espécie medicinal no município de Alta Floresta (MT), além de oferecer fotografias para facilitar a sua identificação, informações fitogeográficas e toxicológicas. Foi realizado entre abril de 2020 e agosto de 2021, mediante coletas de amostras de órgãos vegetativos e reprodutivos no município de Alta Floresta. O estudo morfológico foi realizado no Laboratório de Morfologia Vegetal, localizado no Herbário da Amazônia Meridional, da Universidade do Estado de Mato Grosso, fazendo uso de um estereomicroscópio, dentre outros materiais usuais. Os espécimes analisados possuem ramos e folhas com tricomas malpiguiáceos, corola entre 3,4 a 4,2 milímetros de comprimento, sublageniforme, cilíndrica, estigma cônico e fruto esquizocárpico entre 2,5-3 × 3,3-4 milímetros, subgloboso e deiscência longitudinal em 4 mericarpos. Em Alta Floresta a espécie é exótica, utilizada para problemas renais. Foi verificado na literatura que a espécie possui alcalóides pirrolizidínicos causadores de tumores hepáticos ou de falência hepática, dentre outros males, proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na composição de medicamentos fitoterápicos ou produtos tradicionais fitoterápicos. Mesmo sendo uma espécie cultivada em Alta Floresta, os caracteres diagnósticos estão estáveis e, em conjunto com informações sobre os efeitos toxicológicos dos alcalóides pirrolizidínicos, oferecem subsídios em atividades de conscientização aos usuários de plantas medicinais.