<p>Objetivou-se identificar os fatores ergonômicos, psicossociais e os riscos no trabalho informal no setor mineral do Estado da Paraíba sob a ótica de mineiros. Foi realizado um estudo descritivo e transversal. Participaram 371 trabalhadores informais da mineração, os quais responderam a dois questionários para analisar/avaliar o trabalho prestado em três dimensões: fatores ergonômicos; fatores psicossociais; e riscos ocupacionais. As pontuações dos itens de cada dimensão foram somadas de modo que, quanto maior a pontuação, menor a satisfação do trabalhador frente ao domínio investigado. Os resultados indicaram que o ruído muito alto é comum no ambiente laboral (66%). A maioria (54,7%) destacou que o trabalho era muito pesado e que exigia atenção e raciocínio (85,7%). Os trabalhadores enfatizaram a falta de treinamentos para atuar na área (59,3%) e poucos consideraram a manutenção do posto de trabalho como um dos componentes para se evitar a lombalgia (32,3%). O risco de acidentes foi apontado como o fator de maior atenção no cotidiano laboral (56,6%). Todos os riscos ocupacionais foram mencionados, destacando-se os físicos e químicos. Houve correlação significativa entre idade e os riscos ocupacionais, indicando que, quanto maior a idade, maior a percepção dos agentes nocivos (ρ = -0,23; p < 0,01). Ao final, constatou-se que todos os trabalhadores perceberam, em maior ou menor grau, os fatores ergonômicos, psicossociais e os riscos na mineração informal, sendo que o tempo de trabalho e a idade foram características que interferiram significativamente sobre o modo de perceber esses fatores e os riscos ocupacionais. </p>