Ideological Ground and Relevant Interpretation in a Cognitive Semantics

Dos fatos, opniões e subordinadas substantivas e editoriais jornalísticos

“…Ao fazê-lo, não só identifica que construção gramatical emerge como prototípica no corpus, mas também explica à luz da assimetria figura-fundo (KHALIL, 2000, GRUNDY e JIANG, 2001, TALMY, 1978 e do conceito de mescla (FAUCONNIER e TURNER, 2002), como opiniões presentes nos editoriais são projetadas como "verdades" para o público-leitor.…”

“…Khalil (2000), Grundy e Jiang (2001), Talmy (1978) relacionam a assimetria figura-fundo à nossa capacidade de estruturar a cena comunicativa segundo várias perspectivas, tomando um viés sociocognitivo e pragmático. Segundo eles, como as limitações de nossa memória de trabalho não nos permitem manter todas as facetas de uma mesma cena no foco de atenção, impomos, como produtores do discurso, um recorte na cena: selecionamos o que vão ficar em primeiro plano (a figura do discurso) e o que vai ser fundo (ou informação complementar) na cena comunicativa.…”

“…Segundo eles, como as limitações de nossa memória de trabalho não nos permitem manter todas as facetas de uma mesma cena no foco de atenção, impomos, como produtores do discurso, um recorte na cena: selecionamos o que vão ficar em primeiro plano (a figura do discurso) e o que vai ser fundo (ou informação complementar) na cena comunicativa. Grundy e Jiang (2001), em seu estudo sobre ideologia e relevância, definem figura-fundo como uma gestalt que se relaciona com mecanismos de percepção, orientados para a relevância (SPERBER e WILSON, 1995). A partir de um corpus com as falas do Presidente Clinton proferidas em rede nacional de televisão sobre o caso Mônica Lewinsky, os autores mostram que a assimetria figura-fundo advém de fatos do contexto discursivo, que não são necessariamente discursivos nem sintáticos.…”