A unidade de terapia intensiva (UTI) é um lugar de urgências e intensidades. A falta de flexibilidade nas rotinas, intercorrências, procedimentos dolorosos, desamparo e isolamento são vivenciados. A presente pesquisa teve como objetivo identificar os fatores estressores enfrentados por idosos na UTI e desenvolver um fluxograma de intervenções. Trata-se de um estudo descritivo e inferencial de corte transversal. Participaram 185 pacientes com período de UTI maior que 48 horas e com idade acima de 60 anos. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e o instrumento “Estressores em Unidade de Terapia Intensiva – ESQ”, e os dados foram analisados através do software JASP. A partir dos resultados encontrados, alinhado à expertise da autora, foi elaborado um fluxograma de direcionamento da psicologia com foco nos estressores para o idoso na UTI. A elaboração do fluxograma sistematizou intervenções que podem ser executadas por psicólogos, além de agregar outros membros da equipe. Os estressores foram categorizados em físico, ambiental e psicológico, sendo propostas medidas para cada domínio e destacado o grupo com maior fator de risco: os idosos longevos, os que passaram por ventilação mecânica, os que vivenciavam o primeiro internamento na UTI e com tempo de permanência prolongado. Mesmo com os avanços e discussões acerca da qualidade da assistência na UTI, reforça-se a necessidade de implementação de procedimentos padronizados para aprimorar a prática do psicólogo hospitalar, além de orientar a práxis da equipe, buscando melhorar o atendimento e satisfação dos pacientes. Neste sentido, considera-se que a sistematização e mensuração dos estressores é de grande contribuição para a área.