Trabalhadores, tanto líderes como liderados, têm sido expostos a diversos estressores ocupacionais que, quando persistentes, podem ocasionar a síndrome de burnout. O estudo teve como objetivo explorar a diferença entre o grupo de trabalhadores líderes e liderados no que diz respeito às dimensões da síndrome de burnout (ilusão pelo trabalho, desgaste psíquico, indolência, culpa), Conflito no trabalho (conflito cognitivo com foco na tarefa, conflito emocional com foco na tarefa, conflito emocional com foco no relacionamento) e Trabalho emocional (demanda, dissonância). A amostra foi constituída por 628 trabalhadores, 247 líderes e 381 liderados, que responderam ao Spanish Burnout Inventory, à Escala de Conflito Triplo, duas subescalas de Trabalho Emocional: Demanda emocional e Dissonância emocional e um questionário de dados sociodemográficos e laborais. Os dados foram analisados mediante análise discriminante. O perfil discriminante revelou que o grupo dos líderes se diferenciou por ter apresentado mais conflito emocional com foco na tarefa e demanda emocional; o grupo de liderados apresentou maior indolência, ilusão pelo trabalho e culpa. Os resultados possibilitam sugerir ações diferenciadas para os grupos investigados.