RESUMO -O presente trabalho teve como objetivo principal definir uma estratégia para a imobilização de inulinase comercial em nanotubos de carbono funcionalizados. No delineamento composto central rotacional (DCCR) a concentração de enzima (0,87% e 1,72% (v/v)) e a razão adsorvente:adsorbato (1:175 e 1:460) foram as variáveis independentes. As cinéticas foram mantidas até equilíbrio, sendo este atingido aos seis minutos em todos os ensaios. De acordo com os resultados do DCCR a variável concentração de enzima apresentou um efeito negativo sobre a imobilização da inulinase, a razão adsorvente:adsorbato e a interação entre as duas variáveis apresentaram efeitos positivos (p<0,10). A enzima imobilizada manteve praticamente 100% da atividade relativa a 50 0 C durante 240 minutos. Portanto, os nanotubos avaliados são considerados adsorventes promissores, devido ao rápido equilíbrio de adsorção, sendo assim definida uma estratégia de imobilização de enzimas.
INTRODUÇÃOA imobilização consiste no confinamento da enzima em um suporte sólido para posterior reutilização do biocatalisador, é vantajosa para aplicação industrial devido a facilidade de separação do meio de reação e o reutilização da mesma, o baixo custo do produto e a possibilidade de aumento da estabilidade (Husain, 2010).As inulinases são enzimas potencialmente utilizadas na produção de xaropes de frutose pela hidrólise enzimática da inulina com rendimentos de até 95% (Ettalibi e Baratti, 2001). Também possuem aplicação na produção de frutooligossacarídeos, compostos com propriedades funcionais e nutricionais com aplicação em dietas de baixas calorias, estimulação das bactérias benéficas do organismo, funcionando como fibras dietéticas quando aplicada aos alimentos (Silva-Santisteban e Maugeri, 2005).Nanomateriais podem servir como um eficiente suporte para imobilização de enzimas, pois oferecem características ideais que são determinantes na eficiência do biocatalisador, incluindo a superfície de área e a resistência a transferência de massa. Os nanomateriais têm sido extensivamente utilizados para imobilização de enzimas, neste caso, as nanopartículas podem proporcionar uma maior superfície de área para as enzimas, o que conduz a uma maior quantidade de enzima por quantidade de massa de partícula (Ji et al., 2010).