A terapia de estimulação elétrica da medula é utilizada para reabilitação de pacientes que possuem lesão medular. Essa técnica vem apresentando resultados promissores, incluindo uma significativa recuperação funcional, além de reduzir o quadro álgico e proporcionar melhor qualidade de vida. Dentro deste contexto, a questão norteadora da pesquisa foi definida como: Quais são as repercussões da terapia de estimulação elétrica da medula no traumatismo raquimedular? Esta pesquisa tem como objetivo relatar os principais impactos do manejo terapêutico em questão. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, de caráter qualitativo e abordagem exploratória. Assim, foram selecionados 21 artigos, os quais foram analisados de forma criteriosa, para compor esta revisão. Os principais resultados enfatizaram que a terapia de estimulação elétrica da medula mostrou benefícios em relação à condição motora dos pacientes com o traumatismo raquimedular e do seu quadro álgico. Em uma única sessão da estimulação transcutânea, usada para estimular os circuitos espinhais através de uma corrente elétrica, evidenciou uma modulação da excitabilidade entre neurônios da coluna vertebral e isso pode justificar a recuperação motora. A longo prazo essa recuperação é mediada pela neuroplasticidade, sendo possível a retomada de habilidades que exigem o controle motor fino. Ainda, houve evidências da capacidade da microestimulação intraespinhal operar como tratamento para os quadros álgicos, pela normalização da hiperexcitabilidade neuronal do corno dorsal. Ademais, a estimulação elétrica restaura a excitabilidade dos neurônios sublesionais e, por sua vez, podem ser reintegrados em circuitos funcionais. Portanto, a estimulação elétrica terapêutica utilizada no tratamento da lesão raquimedular apresentou resultados significativos na recuperação funcional e na reabilitação dos pacientes.