“…Quanto às variáveis obstétricas, há evidências de que o AM, e a sua duração, está associado: ao tipo de parto, crianças nascidas por cesariana eletiva apresentam risco de ser desmamadas precocemente (VIEIRA ET AL., 2015); aos nascimentos em hospitais que cumprem os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, onde se incentivam a amamentação, por meio da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, e, de modo geral, aumentam a probabilidade de elas se manterem em Aleitamento Materno Exclusivo (AME) por mais tempo (MARGOTTI; EPIFANIO, 2014;PASSANHA ET AL., 2015;VIEIRA ET AL., 2015); ao número de filhos anteriores, pois a primiparidade está frequentemente associada à prática de desmame precoce (SALUSTIANO;DINIZ;ABDALLAH, 2012;SOUZA ET AL., 2012) que é um dos fatores de desnutrição e de altas taxas de mortalidade infantil (PRIMO;AMORIM;LIMA, 2004); ao número de consultas de pré-natal, pois mostram associação significativa com AME (ASEMAHAGN, 2016); ao apoio paterno no ato de amamentar, visto que o pai tem grande destaque no suporte e influência na decisão da mulher em amamentar e na sua continuidade (SALVADOR, 2012;SILVA;SANTIAGO;LAMONIER, 2012;TEWABE ET AL., 2017), e ao escore da Breastfeeding Self-Efficacy Scale (BSES), onde escores mais elevados obtidos por meio da Escala de Autoeficácia na Amamentação estão associados à amamentação exclusiva (GLASSMAN ET AL., 2014;MARGOTTI;EPIFANIO, 2014 união estável entre os pais (FROTA ET AL., 2016); mães com renda melhor são mais propensas a praticar AME e tendem a amantar mais seus filhos (TEWABE ET AL., 2017).…”