Os defensivos agrícolas são produtos utilizados no ambiente rural visando o controle de pragas, porém o uso inadequado pode ocasionar a contaminação dos ambientes aquáticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do glifosato, malationa e casugamicina sobre as taxas de fertilização, eclosão e sobrevivência das larvas de tambaqui. Dois casais de tambaqui (fêmeas 7,73 ± 1,54 kg e machos 6,18 ± 0,65 kg) foram submetidos a reprodução artificial utilizando GnRH sintético Sincrofort®. Foram realizados três experimentos: (i) foram testadas concentrações de 0,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0; 10,0 e 14,0 mg L-1 de glifosato, (ii) concentrações de 0,0; 0,25; 0,5; 0,75; 1,0; 1,25 e 1,5 µg L-1 de malationa, e (iii) concentrações de 0,0; 0,25; 0,5; 0,75; 1,0; 1,25 e 1,5 mg L-1 de casugamicina. Os ovos foram incubados em recipientes plásticos e os tratamentos foram as diferentes concentrações avaliadas, todas com cinco repetições. Um recipiente contendo 20 ovos foi considerado como unidade experimental. O experimento foi realizado sob ambiente controlado, em temperatura ambiente e baixa luminosidade. Os dados foram submetidos a análise de variância. O tratamento com água de incubação sem glifosato apresentou as melhores taxas de fertilização, eclosão e sobrevivência (p<0,05). A água de incubação sem malationa apresentou a melhor taxa de fertilização (p<0,05), não houve efeito nas taxas de eclosão e sobrevivência (p>0,05). O tratamento contendo 0,25 mg L-1 de casugamicina aumentou a taxa de fertilização e a água sem casugamicina obteve maior sobrevivência larval (p<0,05), sem efeito na taxa de eclosão (p>0,05). Assim, foi verificado que todos os produtos testados apresentaram toxidade durante alguma fase de incubação dos ovos de tambaqui.