Introdução: Para o tratamento da doença renal crônica os pacientes necessitam de hemodiálise ou diálise peritoneal enquanto aguardam em lista de espera pelo transplante renal. Apesar dos avanços nos procedimentos de diálise, os pacientes que fazem esse tratamento apresentam baixa capacidade física e funcional e comorbidades que influenciam no tempo de espera. Objetivo: Descrever as características físicas, antropométricas e cardiorrespiratórias de pacientes em lista de espera para o transplante renal, assim como, analisar as variáveis de acordo com o tempo em lista de espera e tempo de diagnóstico da doença. Materiais e métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUÍ parecer n° 1.992.013. Foram avaliados 11 pacientes cadastrados no Hospital de Caridade de Ijuí, quanto aos dados sobre a doença renal e seu tratamento, tempo em lista de espera, fatores de risco cardiovasculares, resistência muscular de membros inferiores, força muscular respiratória e capacidade funcional submáxima. Resultados: Foram avaliados 11 pacientes, sendo 54,5% do sexo feminino, média de idade de 51,9±11,4 anos, 45,5% tinham doença renal de origem hipertensiva, tempo de diagnóstico da doença de 84,0 (48,0-180,0) meses, 90,9% realizavam hemodiálise há uma mediana de 15,0 (8,0-41,0) meses e estavam em lista de espera há 12,0 (6,0-32,0) meses. Os fatores de risco cardiovasculares mais prevalentes foram hipertensão e sedentarismo. No teste de sentar e levantar em um minuto realizaram 17,0 (16,0-22,0) repetições, pressão inspiratória máxima de 62,0 (50,0-80,0) cmH2O, pressão expiratória máxima de 78,0 (64,0-99,0) cmH2O e percorreram 452,5 (416,1-503,2) metros no teste de caminhada em seis minutos. Conclusão: Os pacientes cadastrados em lista de espera para o transplante renal do nosso estudo apresentaram uma boa condição físico funcional e cardiorrespiratória. O tempo de diagnóstico da doença renal se correlacionou moderada e negativamente com a pressão expiratória máxima. O tempo de permanência em lista de espera não se correlacionou com a resistência de membros inferiores, força muscular respiratória e capacidade funcional submáxima.