A obesidade é uma doença crônica e multifatorial que leva a alterações sistêmicas e é considerada um problema de saúde pública mundial. Entre as alterações respiratórias decorrentes da obesidade se discute como o ganho de peso ou a perda deste pode interferir nas pressões respiratórias máximas (PRM), não existindo consenso na literatura. Objetivo: Analisar o poder preditivo das equações de referência para PMR em obesos antes e após perda de peso. Métodos: Estudo transversal no qual foram incluídos vinte pacientes obesos dos Programas de Cirurgia Bariátrica de hospitais de referência em Manaus/Amazonas, que tiveram as PRM avaliadas por meio de manuvacuometria antes e aproximadamente um ano e meio após a cirurgia bariátrica. Resultados: O peso médio diminuiu de 138,5 ± 21,7 kg para 82,7 ± 8,2 kg após a cirurgia. As PRM foram supranormais antes da cirurgia e reduzidas após a cirurgia. Entre as equações analisadas, apenas as propostas por Sanchez et al. foram capazes de predizer os valores medidos. Conclusão: As PRM foram aumentadas nos obesos mórbidos avaliados e reduzidas após a cirurgia. As equações mais utilizadas na prática clínica brasileira parecem não ser capazes de predizer valores de PRM nessa população, sendo as mais adequadas as propostas por Sanchez et al.