RESUMO Objetivo Analisar a insulinoterapia realizada por pessoas com diabetes na Atenção Primária em Saúde. Método Estudo transversal, descritivo e quantitativo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista, utilizando-se formulário com variáveis sociodemográficas, clínicas e etapas da insulinoterapia. Foram calculadas frequências absoluta e relativa, razão de prevalência e foi usado o teste de qui-quadrado, sendo significante o p < 0,05. Resultados A amostra foi composta de 150 pacientes. A maioria era do sexo feminino (66,7%), faixa etária de 50-85 anos (79,3%) e havia analfabetos (16,7%). Destacou-se o diabetes tipo 2 (62,0%) com complicações (42,7%), em uso de hipoglicemiantes orais e insulina. Seringas/agulhas (83,1%), lancetas (85,5%), fitas reagentes (91,0%) e frascos de insulina (93,8%) foram armazenados incorretamente pela maioria. No preparo, aplicação e transporte predominou a forma correta. Resíduos foram descartados incorretamente. Na análise geral das etapas da insulinoterapia, a maioria a realizava de forma inadequada (93,3%). Variáveis sociodemográficas e clínicas não influenciaram na prática insulinoterápica, mas na análise intragrupo houve diferença significante para realização incorreta em alguns grupos. Conclusão A insulinoterapia foi realizada de forma inadequada na maioria dos casos.