Impacto da perda dentária na qualidade de vida de idosos com transtornos psiquiátricos

Abstract

Objetivo: Avaliar a perda dentária, uso e necessidade de prótese em idosos com transtornos psiquiátricos e seu impacto na qualidade de vida. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal e descritivo. Os participantes foram idosos atendidos no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) de um município mineiro. A coleta de dados foi realizada por meio de exame clínico bucal que avaliou a perda dentária, o uso e a necessidade de prótese, além de um questionário, o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Foi realizada análise estatística descritiva. Resultados: Participaram 28 idosos, com alta prevalência de edentulismo total (75,0%), entre os quais 64,3% utilizam prótese dental superior e 32,1% prótese inferior. Quanto à necessidade de prótese 60,7% necessitam de prótese superior enquanto 85,7% necessitam de prótese inferior. A média do GOHAI foi de 29,1, considerada baixa. Conclusão: A maioria dos idosos desse estudo apresentaram elevada perda dentária, que refletiu na percepção da saúde bucal ruim encontrada, sinalizando para a necessidade de tratamentos reabilitadores e de políticas públicas mais efetivas para promoção de saúde bucal.

Lesões orais associadas ao uso de prótese total: revisão de literatura

“…O uso de próteses pode desempenhar melhorias significativas na mastigação, estética, autoestima, fala, relacionamentos interpessoais e na possibilidade de recuperação da imagem corporal perdida devido ao edentulismo (Orestes et al, 2015). De acordo com nossas pesquisas torna-se evidente que o edentulismo pode acarretar transtornos biopsicossociais significativos (Figueiredo et al, 2019). O que ressalta a importância da reabilitação protética, pois essa visa não apenas restabelecer a fala e a mastigação, mas desempenhar um papel crucial na preservação da qualidade de vida.…”

A relação entre saúde bucal e qualidade de vida de idosos brasileiros institucionalizados: Uma revisão integrativa

“…Assim, próteses dentárias influenciam positivamente a fonética, estética e grau de satisfação de idosos, influenciando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos (Leão et al, 2019). Um estudo, realizado por Figueiredo et al (2019), constatou que existe uma relação direta entre baixa autopercepção da saúde bucal e perda dentária em idosos.…”

“…Os autores supracitados ressaltaram a necessidade de programas que possam auxiliar a autopercepção dessas pessoas e assim ajudá-las no autocuidado com a saúde bucal, visto que a autopercepção é um parâmetro diretamente relacionado com a qualidade de vida, pois a primeira identificação de sintomas ou incômodos deve partir do paciente. O desenvolvimento de políticas públicas de saúde bucal é essencial para garantir assistência integral aos idosos, em especial, idosos dependentes e/ou com problemas psíquicos (Figueiredo et al, 2019). A existência de projetos sociais como "Promoção da Saúde Bucal para Pacientes da Terceira Idade", desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, permite a identificação da realidade populacional, além de fortalecer a formação dos profissionais da área de Odontologia (Ferraresso et al, 2021).…”