O uso de telas está cada vez mais presente na rotina de crianças e adolescentes, especialmente durante a infância. Durante a pandemia de COVID-19, pesquisas apontam um excesso no uso, principalmente, por este público. Por sua vez, o excesso de exposição a dispositivos como televisão, tablets e celulares pode acarretar consequências e danos no desenvolvimento infantil. Este trabalho tem como objetivo analisar as evidências científicas sobre os impactos do uso excessivo de telas para o desenvolvimento infantil, considerando tanto o contexto pré-pandemia quanto o período durante a pandemia da COVID-19. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados: BVS, PubMed®, SciELO e Web of Science™. Os resultados indicam que o tempo prolongado em frente às telas, especialmente durante a pandemia, trouxe consigo uma série de consequências significativas, incluindo diminuição das atividades físicas, alterações no comportamento social, emocional e cognitivo, maior irritabilidade e até mesmo perturbações do sono nas crianças. Além disso, destaca-se a importância do monitoramento e controle do tempo de uso de telas como medida essencial para conter os impactos negativos no desenvolvimento infantil e impulsionar medidas educativas e políticas públicas para promover práticas saudáveis de uso.