Introdução: A COVID-19 (Corona Virus Disease 2019), causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma nova doença que surgiu em dezembro de 2019 em Wuhan, na China e se alastrou pelo mundo causando uma pandemia. Apresenta um amplo espectro clínico, variando desde casos assintomáticos até evolução com pneumonia severa e desconforto respiratório agudo. O Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP), que foi um programa inicialmente direcionado para pacientes com pneumopatias crônicas, como DPOC, está sendo aplicada também em pacientes com sequelas dessa nova doença. Método: Trata-se de um estudo clínico aberto no qual foram incluídos 63 pacientes com pneumopatia crônica após COVID-19, recrutados do ambulatório de Pneumologia / Reabilitação Pulmonar da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Foram separados em grupo controle, os pacientes que optaram por não realizar o PRP, e grupo intervenção, os que realizaram PRP. Ambos foram submetidos a anamnese, exame físico geral e alguns testes de função pulmonar, em dois tempos diferentes. Resultado: Estudo demonstrou que o grupo que realizou reabilitação possuía maior comprometimento pulmonar e apresentou melhora clínica, no teste de função pulmonar, no de funcionalidade e na resposta cardiopulmonar. O grupo controle, que não realizou reabilitação, possuía menor comprometimento pulmonar e também apresentou melhora funcional e clínica. Entretanto, tivemos um aumento de distância percorrida no TC6 mais expressivo no grupo Intervenção do que no Grupo Controle, mostrando uma melhora funcional mais importante em quem realizou o PRP. Conclusão: A reabilitação pulmonar é eficaz em pacientes que tiveram maior comprometimento pela COVID-19.