A ventilação mecânica invasiva representa um método de suporte respiratório que busca manter o paciente até que ele esteja apto a respirar autonomamente, sendo que processo de desmame consiste na gradativa retirada do suporte ventilatório. O objetivo do presente trabalho foi discutir a relação da força muscular periférica com o desmame da ventilação mecânica, destacando a importância do fisioterapeuta nesse contexto. A força muscular periférica está relacionada ao desmame da ventilação mecânica em pacientes em UTI. A fraqueza muscular adquirida durante a hospitalização intensiva pode dificultar o processo de desmame, prolongando a necessidade de suporte ventilatório e isso ocorre porque a fraqueza muscular compromete a capacidade do paciente de realizar os esforços respiratórios necessários para respirar espontaneamente, contribuindo para complicações como a incapacidade de tossir eficazmente e manter uma ventilação adequada. O treinamento da musculatura inspiratória aumenta a pressão máxima inspiratória, melhorando as taxas de sucesso no desmame e reduzindo o tempo necessário para retirada completa da ventilação. Usado de forma segura e supervisionada, o treinamento oferece benefícios como a redução do tempo de internação. Avaliações clínicas podem identificar pacientes com maior potencial de melhoria, especialmente aqueles com falhas anteriores no desmame. Outras estratégias, como eletroestimulação funcional abdominal e redução precoce do suporte pressórico, também mostraram resultados positivos, mas não há consenso sobre os métodos mais eficazes. A reabilitação muscular, incluindo a fisioterapia e a mobilização precoce, podem contribuir para recuperação da força muscular periférica, melhorando as chances de sucesso no desmame da ventilação mecânica e recuperação geral do paciente.