Objetivo: avaliar o grau de funcionamento familiar de crianças e adolescentes com doença crônica. Método: estudo quantitativo e transversal realizado em dois serviço de referências do município de João Pessoa entre abril de 2017 a janeiro de 2018. Utilizou-se dois instrumentos, um de cadastro e acompanhamento e outro de avaliação do funcionamento familiar. Na interpretação dos dados, aplicou-se análise de correspondência e peso da evidência. Resultados: participaram 79 cuidadores de crianças e adolescentes com doenças crônicas, na qual identificou-se que 65% foram classificados como famílias funcionais e 35% de famílias disfuncionais, 50,6% eram crianças do sexo feminino, 43% menores de cinco anos, 59,5% pardas. O cuidador principal era a mãe (93,7%), 66,1% pardas, 45,6% casadas, 68,4% desempregadas, renda familiar menor que dois salários mínimos e, cadastrados em programa social do governo (72,2%). Houve relação com família funcional: envolvimento no cuidado, não separação após a descoberta da doença, união familiar após a doença, criança na segunda infância (6-12 anos), criança/adolescente realizando autocuidado, renda familiar, no receber apoio e na dependência de cuidados complexos. A disfuncionalidade familiar esteve inversamente ligada aos fatores de funcionalidade. Conclusão: a capacidade de adaptação e bom funcionamento familiar são mais fortes quando a família possui melhor articulação com sua rede de apoio social.