Impactos psicossociais da pandemia do COVID-19 em crianças

Abstract

No início de 2020 foi decretado estado pandêmico em virtude do SARS-Cov-2, o que resultou na implementação de medidas restritivas para o controle da doença, sendo uma delas o isolamento social. Isso fez com que a saúde mental da população fosse afetada, em especial a das crianças. O objetivo do estudo foi analisar os impactos psicossociais causados por esse isolamento social nas crianças. Essa revisão integrativa de literatura, buscou artigos na base de dados internacional US National Library of Medicine (PubMed) e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), usando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “COVID-19”, “criança”, “infantil”, “isolamento social”, “quarentena, “saúde”, “esgotamento psicológico” e “revisão”, aplicando os booleanos “AND”, “OR” e “AND NOT”. Foram selecionados 21 artigos, tendo como questão norteadora: Quais os impactos psicossociais nas crianças devido ao isolamento decorrente da pandemia da COVID-19? Os artigos foram agrupados em quatro temas principais: alterações psicológicas; hábitos de vida; influência parental/familiar e afastamento escolar, pois o estresse vinculado ao esgotamento geral causado pelo confinamento foi expressivo nas meninas e nos meninos, os quais refletiram diversos impactos decorrentes do afastamento social. Foi constatado que o isolamento trouxe repercussões psicossociais negativas e positivas nos infantes, visto que alguns pais buscaram estratégias de enfrentamento familiar durante o confinamento. Evidencia-se, portanto, a importância de maior atenção no que diz respeito ao estado de saúde mental das crianças, a fim de prevenir futuros impasses.

Os Impactos Do Isolamento Social Durante a Pandemia Da Covid-19 No Desenvolvimento Neuropsicomotor De Crianças

“…O afastamento escolar proposto no período pandêmico, é um exemplo de mudança completa na rotina das crianças. De acordo com Marinho et al (2022), esse afastamento acarretou aumento de estresse, sentimento de sobrecarga e perda no aprendizado formal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a recomendação é que não haja uso de telas pelas crianças menores de 2 anos de idade, e para as que estão entre 2 e 5 anos, esse uso deve ser limitado a uma hora diária.…”