As elevadas temperaturas que atingiram o Brasil nos últimos anos, com destaque para os meses de Dezembro de 2013 e Fevereiro de 2014, acarretaram em recordes de consumo energético nos últimos anos, além de alguns apagões. Sendo assim, o consumo de energia elétrica e a instabilidade no fornecimento de energia também tendem a aumentar. Embora os reservatórios das hidrelétricas estejam em um nível maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, as termelétricas continuam sendo acionadas. Da energia gerada atualmente, cerca de 13% vem das termelétricas, sobretudo nos horários de pico. A energia das térmicas chega a custar até cinco vezes mais que das hidrelétricas, além de serem altamente poluentes. Baseado neste contexto, a energia solar fotovoltaica (FV), que além de gerar eletricidade de forma distribuída, diferenciando-se da forma como se constitui o setor elétrico brasileiro, é inesgotável, silenciosa, estática, extremamente simples em sua operação, entra para poder contribuir com a crescente demanda energética de uma forma mais sustentável e estrategicamente eficiente. A geração fotovoltaica ocorre durante o dia, coincidindo com o pico de consumo dos setores comerciais e públicos. Os sistemas fotovoltaicos podem ser instalados próximos ao ponto de consumo, integrados às edificações e interligados à rede elétrica, evitando as perdas energéticas que ocorrem na transmissão e distribuição e auxiliando na redução do pico de carga. O trabalho faz parte de uma pesquisa não financiada, entre três instituições de ensino da região sul do Brasil. Através do estudo de área de cobertura disponível nas edificações comerciais e do consumo energético desses setores em três cidades da região sul do Brasil, pretende-se avaliar o potencial de contribuição da energia solar fotovoltaica na redução do consumo energético, por fonte convencional de energia, nos setores comerciais da região sul do Brasil inserido no contexto da Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL, que estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e para o sistema de compensação de energia elétrica. Palavras-chave: BIPV, energia elétrica, energia solar fotovoltaica, pico de carga, eficiência energética.