“…Apesar de todas as mudanças conjunturais, a "questão oculta" persiste, (GORNY, 1987;PINSKY, 1978). Portanto, predominaram as visões restritivas e excludentes de quem tem "direito histórico" à soberania na Palestina, território mitificado e reivindicado na narrativa nacional/colonial do "povo judeu", tal qual inventada pelo sionismo por meio de uma revisão histórica negacionista, que ao negar a presença do outro se autolegitima (ALAM, 2009;SAND, 2008 A conquista da terra, das águas e do território e a questão demográfica estão no coração do conflito, caracterizado pela expansão do sionismo/Israel e pela resistência palestina a esse processo de ampliação/restrição espacial, estando as fronteiras em constantemente redefinição (MASALHA, 2000;WEIZMAN, 2007). A lógica inerente é "mais terra, mais território e menos árabes", resumida na doutrina da "redenção da terra" (GORNY, 1987) ou "judaização o território" (YIFTACHEL, 2006).…”