Objetivos: Os meningeomas da base do crânio representam um grande desafio neurocirúrgico. No presente estudo, pretende-se avaliar os resultados do tratamento cirúrgico dos meningeomas da base do crânio e revisar aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos destes tumores. Pacientes e métodos: Foram avaliados retrospectivamente 40 pacientes com meningeomas da base do crânio, das fossas anterior, média e posterior, submetidos à tratamento neurocirúrgico entre janeiro de 2004 e maio de 2011, pelo primeiro autor (CES). Resultados: A série foi composta pela seguinte distribuição tumoral: goteira olfatória 21,4%, tubérculo da sela 11,9%, clinóide anterior 4,7%, asa do esfenóide 14,2%, seio cavernoso 7,1%, fossa temporal 7,1%, petroclivais 23,8%, tentório7,1%, forame magno 2,4%. O follow up médio foi de 42 meses. O grau de ressecção utilizando a escala de Simpson foi: Simpson 1- 54,7%, Simpson 2 - 21,4%, Simpson 3 - 9,5%, Simpson 4 - 14,2%. A morbidade observada foi: novos déficits de parescranianos 14,2%, déficits transitórios de nervos cranianos 11,9%, fístula de líquor 11,9%, infecção: 9,5%, hidrocefalia: 2,4%, mortalidade 9,5%. Conclusões: O tratamento cirúrgico dos meningeomas da base do crânio é considerado de primeira escolha para a maioria destas lesões. O planejamento deve considerar a possibilidadede ressecção radical, incluindo o envolvimento ósseo, com o intuito de diminuir os índices de recidiva tumoral. Os resultados do tratamento cirúrgico apresentam elevados índices de ressecção completa e subtotal, com riscos aceitáveis de morbimortalidade.