Durante o atendimento odontológico, há dispersão de respingos e aerossóis contendo microrganismos patogênicos, oriundos da saliva, sangue e secreções bucais. Esse bioaerossol formado pode permanecer suspenso por um período antes de decair, contaminando as superfícies próximas. Objetivo: Avaliar o alcance da contaminação por bioaerossóis produzidos durante um atendimento dentário na clínica odontológica de uma universidade. Material e métodos: Para o experimento, foram utilizadas dez placas de Petri contendo ágar Sabouraud e ágar Mueller Hinton, espalhadas em três áreas internas da clínica, para avaliar o alcance dos bioaerossóis, e duas áreas externas, na sala de raio X e no lado de fora da entrada da clínica, sem presença de bioaerossóis. Cinco placas ficaram expostas por 30 minutos antes do atendimento clínico e cinco 30 minutos durante o atendimento clínico, nas mesmas posições. Depois, elas foram lacradas e permaneceram por 48 h em estufa incubadora a 37ºC. Em seguida, realizou-se avaliação visual do crescimento microbiano das placas. Resultados: Todas as placas apresentaram contaminação; nas placas de Petri perto da janela houve maior crescimento de microrganismos. Não houve diferença na contaminação das placas de Petri, antes e durante o atendimento dentário, que permaneceram na sala de raio X e fora da clínica. Conclusão: Este estudo destaca a contaminação biológica disseminada por aerossóis durante atendimento odontológico em ambiente clínico universitário, alertando para os cuidados de desinfecção de superfícies, e demais ambientes internos de clínicas universitárias