RESUMO: Na indústria do petróleo, é fundamental uma boa estimativa da resistência da rocha para uma análise adequada de estabilidade. Entretanto, a obtenção de testemunhos é uma operação dispendiosa. Para extraí-los é necessário interromper a perfuração, demandando tempo de equipe e aluguel de sonda. Sendo assim, é preciso adotar uma forma indireta para prever a resistência das rochas, por meio dos dados obtidos dos perfis, aplicando correlações adequadas. No caso das rochas carbonáticas, essa avaliação torna-se mais complexa, pois envolve o estudo de estruturas heterogêneas. Esse trabalho apresenta uma estimativa de resistência para carbonatos análagos aos do pré-sal brasileiro, com base em conceitos de classificação de rochas carbonáticas, análise crítica de correlações existentes na literatura e comparação com resultados de testes de laboratório. A partir da avaliação da correlação de Prasad e do estudo granulométrico elaborado para rochas carbonáticas diversas, é proposta uma metodologia para estimar os parâmetros de resistência máximo e mínimo de cada litotipo analisado. Dada a escassez de ensaios de laboratório para o contexto de poços de óleo e gás, a definição de uma faixa de valores permite uma abordagem probabilística que auxiliará na previsão da resistência da rocha.