Imunohematologia Veterinária: Antígenos Eritrocitários Caninos

Abstract

A imunohematologia veterinária vem ganhando interesse nos últimos anos devido a maior acessibilidade a tecnologias de detecção de antígenos e anticorpos, interesse dos donos e médicos veterinários em buscar uma melhor qualidade de vida para os animais e as necessidades de transfusões com o menor índice possível de reações indesejadas. Os cães possuem antígenos presentes na membrana de suas células vermelhas, podendo causar reações durante e após transfusões. Diferentemente de humanos e felinos, cães não possuem anticorpos naturais para os principais antígenos, a priori podendo ser transfundidos com qualquer tipo sanguíneo sem consequências posteriores, porém, se submetidos a uma segunda transfusão, sendo essa de um tipo sanguíneo incompatível e previamente sensibilizados, as chances de ocorrer reações transfusionais graves aumentam drasticamente, ocasionando danos ao animal, podendo levá-lo à morte. Por conta desses riscos se faz necessário uma maior atenção aos tipos sanguíneos desses animais onde 8 sistemas são reconhecidos internacionalmente classificados como sistema DEA, sendo eles DEA 1 e seus subtipos (DEA 1.1; DEA1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 e DEA 8, e recentemente um novo sistema denominado Dal. Não há disponível ainda soros para os sistemas DEA 6 e DEA 8, tornando a pesquisa sobre esses antígenos dificultosa.

Estudo Acerca Dos Diferentes Aspectos Da Medicina Veterinária, Sobre a Terapia Transfusional Sanguínea Em Cães

“…Outrossim, falando sobre os tipos em si, utiliza-se do sistema DEA (dog erythrocyt antigen), que classifica a tipagem sanguínea dos cães sendo dividida nós grupos DEA 1(1.1, 1.2, 1.3), DEA 3, DEA 4, DEA 5, DEA 6, DEA 7 e DEA 8. (MARTINS, 2011) Contudo, segundo Vizzoni (2017), cães que venham a ser testados para descoberta do tipo sanguíneo, podem por apresentar mais de um tipo sanguíneo, tendo em vista que eles podem expressar mais de um antígeno eritrocitário, mas que não ocorra dominância entre eles, porém cães não podem apresentar mais de um tipo de sangue DEA 1.…”

“…Isto posto, é importante salientar quando a isto, tendo em vista que graças ao desenvolvimento de anticorpos anti-Dal, vem assim por causar graves reações transfusional em caso de transfusão com sangue Dal positivo. (Santos, 2018) Além disto, tentando ideia os tipos sanguíneos, podemos os testar de diferentes modos, utilizando dos métodos MSU (Michigan State University), método de cartão e da coluna de gel (VIZZONI, 2017). No método MSU, de modo simples, visa observar a hemoaglutinação do sangue, ao se adicionar antígeno monoclonal a amostra.…”

Dogs blood group DEA-1 and its relation to transfusion reactions

“…Optou-se então pela mudança na metodologia do projeto, utilizando os cães A e B, sendo ambos DEA-1 negativos, para simularem cães receptores durante uma transfusão sanguínea. Os resultados obtidos nos testes de tipagem sanguínea foram um achado não esperado e revelam uma maior incidência do grupo sanguíneo DEA-1 negativo, o que contrapõe os resultados encontrados por Ferreira et al( 2011), Novais et al (1999, Novais et al (2004), Novais et al (2019) e Vizzoni & Medeiros (2017). Entretanto, o encontro de uma maior porcentagem de DEA-1 negativos concorda com os trabalhos de Ejima et al (1986) e Swisher & Young (1961) que encontraram valores menores de frequência de DEA-1 quando trabalharam com cães mestiços.…”

Occurrence of DEA1.1 in blood donor dogs in Cuiabá, Mato Grosso, Brazil

“…DEA is classified into DEA 1, DEA 3, DEA 4, DEA 5, DEA 6, DEA 7, and DEA 8 (Hohenhaus, 2004); of which, DEA 1.0 comprises three antigens, DEA 1.1, DEA 1.2, and DEA 1.3 and four phenotypes, 1.1, 1.2, 1.3, and negative (Riond, Schuler, Rogg, Hofmann-Lehmann, & Lutz, 2011). Dogs with DEA 1 negative phenotype lack the corresponding antigens (Vizzoni & Medeiros, 2017). In this system, DEA 1.1 is most common and expressed in majority of the dog population worldwide (Riond et al, 2011).…”