Objetivos: analisar as publicações referentes às remanescentes instituições hospitalares psiquiátricas, após a implantação da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Discutir o cenário dessa remanescência levando em consideração as instituições privada e pública. Método: revisão integrativa da literatura. Os dados foram coletados de artigos científicos publicados de 2010 a 2020 e anexados às bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores: saúde mental, reforma psiquiátrica, instituições hospitalares. Desenvolvemos as buscas de Julho a Setembro de 2020, respeitando-se os critérios de inclusão e de exclusão. Foram localizados 41 artigos, sendo utilizados 22 para a elaboração desta revisão, de acordo com o processo de seleção. Resultados e Discussões: identificamos o crescente número de hospitalizações de curta e de média permanência, tanto públicas quanto privadas que, evidencia um dos principais fatores: a ineficácia da rede externa. Tal rede provavelmente é prejudicada, por um lado, devido à falta de investimento público e, por outro, em virtude do incentivo privado priorizar as internações, com forte influência dos planos de saúde. Foi identificada também, a permanência de posturas e discursos históricos de cunho controlador, biologicista e objetivo, em detrimento de ações que valorizem a autonomia, a integralidade e a singularidade. Conclusão: o contexto atual é resultado do panorama político, social e econômico. A Reforma Psiquiátrica tem perdido espaço, como consequência de um movimento mais amplo de rupturas. Espera-se, que nesse rompimento, a liberdade e a dignidade humanas não se tornem obsoletas