A antropologia forense é o campo do conhecimento que permite estimar biologicamente um indivíduo para identificação de pessoas e, ainda, por vezes, compreender traumas sofridos pelo indivíduo, patologia e marcadores biológicos únicos. Essas estimativas biológicas devem ser efetuadas em métodos baseados em dados demográficos da população estudada relacionadas a sexo, estatura e ancestralidade. Todas essas estimativas provêm da antropologia biológica. No entanto, no Brasil, por falta de formação adequada do antropólogo forense, é ainda desconhecido do público em geral a ligação inerente entre a antropologia forense e a antropologia biológica. No presente artigo, discutimos a partir de uma revisão de literatura os alcances e limites da antropologia biológica e o porquê dessa formação ser extremamente necessária para o desenvolvimento da antropologia forense, de modo a poder ampliar sua atuação e alcance de resultados que beneficiem um maior número de pessoas na nossa sociedade.