Introdução: A situação de vulnerabilidade social pode levar a diversas fragilidades e, consequentemente, colocar em risco a saúde e a própria vida dos indivíduos, principalmente, de crianças e adolescentes, além de violar direitos humanos à liberdade, segurança e lazer. Objetivo: Avaliar o estado nutricional, estimar a prevalência de Insegurança Alimentar e associar os indicadores antropométricos, aleitamento materno e nível socioeconômico com a Insegurança Alimentar de crianças participantes do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) de três municípios Rio Grande do Sul, Brasil. Método: O estudo foi transversal, com 139 crianças de 0 a 72 meses, inseridas no contexto de vulnerabilidade e integrantes do Programa PIM. Os dados foram obtidos através de entrevistas por dois questionários, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e um questionário estruturado com questões referentes a indicadores sociais. Os dados relativos a indicadores antropométricos e demais questões sociais foram coletadas no cadastro eletrônico do Programa PIM. Utilizou-se o teste qui quadrado e foi adotado um nível de significância de p≤0,05. Resultados: O perfil nutricional encontrado, na maioria das crianças, foi eutrofia e 38,8% apresentaram-se em insegurança alimentar. Verificou-se significância na relação entre escolaridade da mãe e renda mensal com as condições de segurança alimentar e insegurança alimentar (p=0,04 e p=0,025, respectivamente). Conclusão: A maioria das crianças avaliadas apresentou um perfil nutricional adequado, seguido de sobrepeso, obesidade e magreza, segundo os indicadores antropométricos utilizados neste estudo, assim como a maioria apresentou-se em um contexto familiar de segurança alimentar, seguido de insegurança alimentar de grau leve, moderada e grave.