Introdução: A resistência de espécies fúngicas às drogas usualmente empregadas no meio clínico é motivo de grande interesse na área médica. Objetivo: Avaliar susceptibilidade e resposta in vitro de espécies de Trichophyton spp. a drogas antifúngicas de interesse em clínica médica. Métodos: Foram utilizadas 12 amostras de isolados clínicos de humanos, sendo nove de T. mentagrophytes e três de T. tonsurans. Foram realizados testes de susceptibilidade segundo os métodos de difusão em ágar (DA) e microdiluição em caldo (MC). Resultados: No método de DA, a espécie T. tonsurans apresentou percentual de sensibilidade de 33% em relação à anfotericina B e de 66% ao itraconazol, com 100% de resistência frente ao cetoconazol e ao fluconazol. A espécie T. mentagrophytes também apresentou 100% de resistência frente ao cetoconazol nesta técnica, com 11% de sensibilidade ao cetoconazol, 22% ao itraconazol e 22% das amostras classificadas como sensível dose dependente. No método de MC, a espécie T. tonsurans apresentou percentual de sensibilidade de 66%, 55% e 33% em relação ao cetoconazol, fluconazol e itraconazol, respectivamente. A espécie T. mentagrophytes apresentou percentuais de sensibilidade de 11%, 11%, 33% e 55% para anfotericina B, itraconazol, cetoconazol e fluconazol, respectivamente. Conclusão: Houve resistência in vitro das espécies do T. mentagrophytes e T. tonsurans frente ao antifúngico fluconazol e resistência relativa frente ao cetoconazol no método de DA. Na MC, no entanto, foram observados importantes percentuais de sensibilidade das duas espécies analisadas frente aos antifúngicos fluconazol e cetoconazol quando comparadas ao itraconazol e à anfotericina B.