O carcinoma hepatocelular constitui uma das neoplasias malignas mais letais e com eficácia terapêutica limitada. Os extratos vegetais, ricos em metabólitos secundários, realizam funções benéficas ao organismo humano, como a redução da inflamação, dor, estresse oxidativo e da neoplasia. Assim, o objetivo deste estudo foi o de realizar a triagem fitoquímica (fenóis e flavonóides) do extrato do fruto de Brosimum gaudichaudii (EBG), avaliar in vitro a sua citotoxicidade (teste do MTT/células NIH/3T3), e suas atividades antioxidante (DPPH e Lipoperoxidação) e antineoplásica (teste do MTT/células HuH7.5). O EBG apresentou 48,02 ± 1,26 mg EAG/g de fenóis totais e 8 ± 0,92 mg EQ/g de flavonoides. No MTT, o EBG, de 100 a 1600 ug/mL, não diferiu do controle negativo, não promovendo citotoxicidade (p>0,05). O EBG, 600 µg/mL, apresentou uma atividade antioxidante de 79.80 ± 0.00% no teste do DPPH e de 88.01 ± 1.74% no teste de lipoperoxidação. Na avaliação anticancerígena em células de hepatocarcinoma, nos tempos de 24, 48 e 72 horas, as concentrações de 1,8, 2,8 e 4,4 ug/mL promoveram 50% de inibição do crescimento celular (GI50%). Como a atividade antineoplásica de um extrato está relacionada a um GI50% < 4,0 ug/ml o EBG se apresenta como um possível fitoterápico a ser utilizado na terapia complementar do hepatocarcinoma.