ResumoAssociada à produção de biocombustíveis de fontes vegetais, há geração de vários coprodutos passíveis de utilização na nutrição animal, os quais necessitam de estudos minuciosos para aplicabilidade ampla e segura. O farelo de crambe é um coproduto ainda pouco conhecido e são necessários estudos para melhor avaliar seu potencial nutricional. Neste contexto, o estudo foi conduzido com o objetivo de mensurar grupos químicos de interesse (nutrientes e antinutrientes) e digestibilidade proteica in vitro do farelo de crambe nas formas in natura e reduzida em antinutrientes. Para retirar antinutrientes foram aplicadas soluções ácida (adição de ácido sulfúrico concentrado à água até pH 1,0) e alcoólica (etanol comercial 92,8º) sobre o farelo in natura. Os resultados demonstraram que o tratamento químico elevou o teor de fibra e matéria mineral e reduziu a concentração de proteína bruta, aminoácidos, gordura, cálcio e fósforo assim como compostos fenólicos, taninos (totais, condensados, hidrolisáveis) e ácido fítico. Embora o tratamento químico tenha alterado o balanço da maioria dos constituintes de interesse nutricional, o seu efeito não foi observado na digestibilidade proteica in vitro. As características nutricionais e antinutricionais obtidas para este farelo podem colaborar no indicativo de uma fonte proteica alternativa para a nutrição animal. Palavras-chave: Fonte proteica, farelo vegetal, redução de antinutrientes, valor nutricional
AbstractAssociated with biofuels production from plant sources, there is generation of several byproducts suitable to use in animal nutrition, which requires careful study for wide and safe applicability. Crambe meal is a byproduct still poorly understood and studies are needed to better assess their nutritional potential. In this context, the present study was carried out with the aim of measuring the chemical groups of interest (nutrients and antinutrients) and in vitro protein digestibility of crambe meal in nature and reduced antinutrients forms. For removal antinutrients were applied acidic (adding concentrated sulfuric acid to water until pH 1.0) and alcoholic (commercial ethanol 92.8º) solutions on in nature meal. The results showed that chemical treatment increased the fiber and ash content and reduced the crude protein, amino acids, fat, calcium and phosphorus content as well as phenolic compounds, tannins